sábado, 2 de agosto de 2025

Assédio moral ainda é rotina nas empresas e exige resposta firme de gestores e RH

Assédio moral ainda é rotina nas empresas e exige resposta firme de gestores e RH Especialista em Direito do Trabalho, Glauco dos Reis, explica como empresas e colaboradores podem combater o assédio moral e evitar prejuízos jurídicos, financeiros e à saúde mental Em um ambiente que deveria prezar pelo respeito e pela colaboração, o assédio moral ainda é uma realidade alarmante. De acordo com uma pesquisa conduzida pela Minds & Hearts em parceria com a Think Eva, 52% dos profissionais brasileiros afirmam já ter praticado ou tolerado comportamentos associados ao assédio moral no trabalho. O dado escancara a normalização de condutas abusivas e o despreparo das organizações para lidar com o problema. Para o advogado trabalhista Glauco dos Reis, o primeiro passo para combater esse tipo de violência é reconhecer que o assédio moral não se resume a gritos ou humilhações públicas. "A repetição de críticas desproporcionais, a exclusão de reuniões importantes ou até o excesso de tarefas sem justificativa clara podem configurar assédio. Muitas vezes, essas práticas vêm disfarçadas de rigidez ou liderança forte, o que dificulta o diagnóstico e a denúncia", explica o especialista. A pesquisa também revelou que apenas 21% dos trabalhadores dizem trabalhar em empresas que investigam todas as denúncias de assédio. Isso mostra que, além da ocorrência em si, há um problema estrutural na forma como as denúncias são tratadas. "Ignorar ou minimizar a queixa de um colaborador é um erro grave, que pode não só agravar o sofrimento da vítima, mas também gerar responsabilidade judicial para a empresa", alerta o advogado. Segundo o advogado, é fundamental que as organizações invistam em ações preventivas, como treinamentos, canais de denúncia anônimos e políticas claras de combate ao assédio. "Não basta ter um código de conduta no papel. A cultura interna precisa ser revista com seriedade, e a alta liderança deve ser a primeira a dar o exemplo", pontua Glauco dos Reis. O Advogado também reforça a importância de acolher as vítimas com profissionalismo e respeito. "O trabalhador que sofre assédio costuma desenvolver quadros de ansiedade, depressão e queda de produtividade. Isso impacta diretamente o clima organizacional e os resultados do negócio", conclui o especialista. Em um cenário no qual o combate ao assédio se torna cada vez mais urgente, prevenir é não apenas uma obrigação legal, mas uma necessidade ética e estratégica.

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