sábado, 28 de junho de 2025
- HUGO reduz em 40% o tempo de internação de pacientes com fratura de fêmur proximal por quedas da própria altura
HUGO reduz em 40% o tempo de internação de pacientes com fratura de fêmur proximal por quedas da própria altura
Novos protocolos e atendimento ágil promovem recuperação mais segura e eficaz, especialmente entre idosos
Com a adoção de novos protocolos clínicos e a reorganização dos fluxos internos, o Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (HUGO), unidade do governo de Goiás administrada pelo Einstein, reduziu em cerca de 40% o tempo médio de internação de pacientes com fratura de fêmur proximal decorrentes de queda da própria altura, que passou de 15 para 9 dias. A medida tem garantido não apenas uma recuperação mais rápida e segura, mas também maior eficiência na utilização dos leitos e agilidade no acolhimento de novos casos.
O protocolo adotado no HUGO envolve uma série de etapas integradas que começam com avaliação clínica, conforme as diretrizes do ATLS (Advanced Trauma Life Support), que é um protocolo internacional para o atendimento de traumas, especialmente pacientes politraumatizados. Em seguida, o paciente passa pela avaliação da equipe de ortopedia para identificação da fratura e outros possíveis ferimentos. Conforme a gravidade, pode ser encaminhado diretamente ao centro cirúrgico ou permanecer na emergência para estabilização clínica e realização de exames complementares de imagem. A cirurgia é preferencialmente realizada nas primeiras 48 horas após a fratura, seguida por acompanhamento contínuo da reabilitação com uma equipe multiprofissional.
De acordo com o coordenador do serviço de ortopedia do hospital, Henrique do Carmo, a rapidez na realização da cirurgia é determinante para a recuperação do paciente com fratura de fêmur proximal decorrente de queda da própria altura. “A literatura recomenda que, sempre que possível, a cirurgia ocorra nas primeiras 48 horas após a fratura, o que impacta positivamente nos desfechos clínicos. No HUGO, seguimos essa diretriz como meta assistencial, respeitando as condições clínicas individuais de cada paciente”, destaca.
Além da rapidez cirúrgica, a atuação integrada da equipe multiprofissional, que inclui avaliação ortopédica precoce, exames pré-operatórios feitos com agilidade e acompanhamento contínuo da reabilitação, tem sido essencial para a eficiência da linha de cuidado. “A redução do tempo de internação é resultado direto desse modelo de atendimento mais resolutivo e coordenado”, afirma a diretora médica do HUGO, Fabiana Rolla. “Ganhamos em qualidade assistencial, em segurança do paciente e na capacidade de atendimento do hospital como um todo.”
Idosos são principais vítimas
As fraturas no fêmur, geralmente decorrentes de quedas da própria altura, são comuns entre idosos e estão entre as principais causas de internação no HUGO. Situações cotidianas como escorregar ao caminhar, tropeçar ao se levantar da cama ou cair dentro de casa podem provocar essas lesões, muitas vezes graves, que exigem internações prolongadas e comprometem a qualidade de vida.
A maioria dos internados com esse perfil é de pessoas com mais de 65 anos, frequentemente com comorbidades como hipertensão, diabetes, osteoporose e uso contínuo de múltiplas medicações. A fragilidade física aumentada pela idade, aliada à perda de equilíbrio, redução da força muscular, problemas de visão e limitação cognitiva, torna esse grupo mais vulnerável a quedas. Fatores ambientais, como pisos escorregadios ou iluminação inadequada, além de doenças neurológicas ou ortopédicas que comprometem a marcha, também contribuem para os acidentes.
Além do fêmur, essas quedas podem causar fraturas em punhos e ombros, mas quando envolvem o quadril, como é comum entre idosos, as consequências tendem a ser mais severas, exigindo reabilitação intensiva e podendo comprometer de forma duradoura a autonomia do paciente.
Cuidados para reduzir o risco de quedas
Com o aumento da expectativa de vida e, consequentemente, da população idosa, é fundamental intensificar ações preventivas, para reduzir acidentes e preservar a autonomia dos idosos.
O médico ortopedista Henrique do Carmo explica que algumas medidas simples no ambiente doméstico fazem grande diferença, ele cita como exemplo “retirar tapetes, grandes objetos e móveis no caminho que possam causar tropeços, se possível, instalar barras de apoio dentro do banheiro e utilizar piso ou tapete antiderrapante; no quarto garantir boa iluminação, com luz principal e luz de apoio, como por exemplo, o abajur.” Além disso, o médico recomenda o uso de calçados confortáveis, fechados, e para as mulheres, a dispensação do uso de salto.
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