quinta-feira, 30 de outubro de 2025
Margens apertadas tornam arrendamento para soja inviável e produtores rompem contratos, alerta consultor financeiro
Margens apertadas tornam arrendamento para soja inviável e produtores rompem contratos, alerta consultor financeiro
Divulgação
Com custos de produção em alta e preços da soja longe das máximas de anos anteriores, o ciclo 2025/26 já começa com produtores repensando contratos e áreas de plantio
O ciclo da safra 2025/2026 promete ser um dos mais desafiadores dos últimos anos para quem vive do campo. De acordo com o zootecnista e consultor financeiro Fabiano Tavares, o atual cenário de custos elevados e margens mais apertadas tem tornado o arrendamento de terras para o cultivo da soja praticamente inviável em diversas regiões do país.
“Os valores de arrendamento subiram muito nos últimos anos, impulsionados por uma fase de bonança no agro. Hoje, com o preço da saca bem abaixo do que vimos em 2022 e o custo de produção nas alturas, a conta simplesmente não fecha. Muitos produtores estão rompendo contratos e devolvendo áreas”, explica Fabiano.
A análise acompanha os dados da Pecege Consultoria e Projetos, que estimam o cenário mais provável de custo da soja em torno de 52 sacas por hectare, um ponto de equilíbrio difícil de alcançar em regiões de menor produtividade. “Qualquer adversidade climática, atraso na chuva ou quebra de produtividade coloca o produtor em situação de prejuízo direto”, acrescenta o especialista.
“Quem depende do arrendamento é o que mais sofre neste momento. A margem que sobra após pagar o aluguel da terra, os juros de custeio e investimentos passados é mínima ou até negativa. Já há casos de produtores que decidiram não plantar este ano e optar por pousio ou adubação verde para evitar endividamento”, ressalta Tavares.
O consultor também alerta que o movimento tem reflexos diretos no mercado de terras. “Quando o arrendamento deixa de ser vantajoso, o próprio proprietário fica em situação complicada. Ele perde o fluxo de renda e, em algumas regiões, o preço de venda das propriedades já começa a sentir o impacto dessa retração”, observa.
Para Fabiano, o cenário reforça a importância da gestão financeira e planejamento técnico nas decisões de produção. “O agro continua forte, mas a fase agora é de ajuste. É hora de reavaliar custos, margens e produtividade real por hectare, com base em números e não em expectativas de preços passados”, conclui.
@fabianotavares0
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