segunda-feira, 25 de agosto de 2025
Mercado financeiro reduz pela 13ª semana seguida a previsão da inflação para 4,86%
Mercado financeiro reduz pela 13ª semana seguida a previsão da inflação para 4,86%
A estimativa dos analistas é que a taxa básica encerre 2025 em 15% ao ano, destaca o especialista em mercado financeiro, Fabiano Tavares
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) considerado a inflação oficial do país passou de 4,95% para 4,86% este ano. É a décima terceira redução seguida na estimativa, publicada no Boletim Focus desta segunda-feira (25). A pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2026, a projeção da inflação também caiu, de 4,4% para 4,33%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,97% e 3,8%, respectivamente.
O especialista em mercado financeiro, Fabiano Tavares, pontua que o Boletim Focus desta semana aponta para o efeito esperado de uma Selic alta, de inflação em queda, mas com sinais de desaceleração da economia. “Para 2026, o mercado vê a inflação ainda mais baixa, e o crescimento do PIB perde ainda mais força. Isso indica que a economia tende a desacelerar antes de se beneficiar de juros menores, que só devem começar a cair no próximo ano,” ressalta o especialista.
Segundo o especialista, o mercado deve reagir com cautela porque temos um cenário de alívio com a inflação sob controle, mas preocupação com o ritmo de crescimento, ainda mais se considerarmos os efeitos das tarifas dos EUA impostas ao Brasil.
“Para empresas, o desafio é administrar margens e liquidez em um ambiente de juros elevados e demanda mais fraca. Em relação ao mercado de crédito, seguimos atentos em oferecer soluções de crédito estruturado que ajudem companhias a atravessar esse período sem comprometer investimentos e competitividade,” pontua Fabiano Tavares.
Acima do teto
A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.
Em julho, pressionada pela conta de energia mais cara, a inflação oficial divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fechou em 0,26%, sendo o segundo mês seguido de queda nos preços dos alimentos, o que ajudou a segurar o índice. Mas no acumulado em 12 meses, o IPCA alcançou 5,23%, acima do teto da meta de até 4,5%.
Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. O recuo da inflação e o início da desaceleração da economia fizeram o colegiado interromper o ciclo de aumento de juros na última reunião, no mês passado, logo após sete altas seguidas na Selic.
Em comunicado, o Copom informou que a política comercial dos Estados Unidos aumentou as incertezas em relação aos preços. A autoridade monetária informou que, por enquanto, pretende manter os juros básicos, mas não descartou a possibilidade de voltar a elevar a Selic caso seja necessário.
A estimativa dos analistas é que a taxa básica encerre 2025 em 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,5% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.
Mas quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
Crédito das fotos: Divulgação
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