terça-feira, 11 de novembro de 2025
Novo exame de sangue permite diagnóstico precoce do Alzheimer de forma menos invasiva
Novo exame de sangue permite diagnóstico precoce do Alzheimer de forma menos invasiva
Segundo neurologista cooperada da Unimed Goiânia, Dra. Roussiane Gaioso, teste aprovado pela FDA identifica a doença nas fases iniciais, quando os neurônios ainda preservam parte da função. Exame ainda não está disponível no mercado brasileiro
Crédito: divulgação freepik
Um novo exame de sangue, recentemente aprovado pela FDA (Food and Drug Administration) nos Estados Unidos, promete transformar o diagnóstico do Alzheimer ao detectar marcadores biológicos de forma menos invasiva, mais acessível e nas fases iniciais da condição. A tecnologia ainda não está disponível no mercado brasileiro, mas já está sendo estudada para implementação no país, podendo beneficiar milhões de brasileiros que enfrentam o declínio cognitivo.
Segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), estima-se que 1,2 milhão de brasileiros vivam com alguma forma de demência, sendo o Alzheimer responsável por cerca de 60% a 70% dos casos. Mundialmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 55 milhões de pessoas convivem com demência, número que deve triplicar até 2050.
"Nas fases iniciais, quando os neurônios ainda preservam parte da sua função, tratamentos farmacológicos e não farmacológicos, como estimulação cognitiva, atividade física e controle de fatores de risco, têm maior impacto em retardar a progressão da doença. Por isso, a detecção precoce é fundamental", afirma a neurologista cooperada da Unimed Goiânia – Cooperativa de Trabalho Médico, Dra. Roussiane Gaioso.
Como funciona o novo exame?
De acordo com a neurologista, o teste mede proteínas específicas no plasma sanguíneo que refletem alterações cerebrais típicas do Alzheimer. "As proteínas avaliadas são as proteínas tau e a beta-amiloide, biomarcadores que anteriormente só podiam ser detectados por exames de imagem como o PET scan (tomografia por emissão de pósitrons) ou pela análise do líquor através de punção lombar", explica a especialista.
O exame é indicado para pacientes com mais de 55 anos que apresentam declínio cognitivo ou queixas de memória. "Plataformas mais amplas de pesquisa permitem medir painéis maiores de biomarcadores no sangue, auxiliando em diversos aspectos da patologia da doença. O exame consegue identificar o processo biológico inicial da doença antes que o paciente apresente perda de memória ou dificuldades cognitivas perceptíveis", afirma Dra. Roussiane.
No entanto, a médica faz um alerta importante: "O exame não deve ser utilizado como triagem populacional em pessoas assintomáticas. A presença dos biomarcadores não significa que o indivíduo desenvolverá demência, apenas indica alterações compatíveis com a patologia". O resultado precisa ser interpretado no contexto clínico individual, com acompanhamento neurológico adequado.
O exame de sangue não substitui os métodos diagnósticos atuais, mas os complementa de forma estratégica. "Representa o início de uma nova era no diagnóstico do Alzheimer de forma mais precoce, menos invasiva e potencialmente mais ampla em termos de acesso populacional", destaca a neurologista. Em casos com resultados muito claros, o teste pode reduzir a necessidade de exames mais invasivos.
Benefícios transformadores
"O diagnóstico precoce não muda apenas o tratamento, ele muda o rumo da vida do paciente e da família, permitindo mais tempo com qualidade e autonomia. Nas fases iniciais, os tratamentos farmacológicos e não farmacológicos, como estimulação cognitiva, atividade física e controle de fatores de risco, têm maior impacto em retardar a progressão da doença", enfatiza Dra. Roussiane Gaioso.
A médica destaca ainda que o diagnóstico antecipado oferece ao paciente a oportunidade de participar ativamente de decisões sobre tratamento e futuro, mantendo autonomia por mais tempo, além de possibilitar acesso a novas terapias modificadoras da doença.
Para a neurologista da Unimed Goiânia, o avanço representa uma verdadeira transformação. "Com o avanço dos biomarcadores, podemos detectar precocemente as alterações cerebrais, abrindo caminho para intervenções muito mais eficazes. Não se trata apenas de diagnosticar antes, trata-se de cuidar melhor por mais tempo", conclui.
Sobre a Unimed Goiânia
A Unimed Goiânia integra o Sistema Nacional Unimed e atua com princípios cooperativistas no setor de Saúde Suplementar. Conta com uma ampla rede credenciada, composta por mais de 450 estabelecimentos, entre hospitais, clínicas e laboratórios, além de oferecer serviços próprios como o SOS Unimed (UTI móvel, aéreo e terrestre) e programas de atenção integral à saúde, responsáveis pela assistência a mais de 400 mil beneficiários em Goiânia, na região metropolitana e em outros 69 municípios circunvizinhos. A cooperativa oferece planos de saúde individuais ou familiares para pessoas físicas, além de planos empresariais e coletivos por adesão para pessoas jurídicas, com cobertura definida pela lista de Procedimentos e Eventos em Saúde estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Também disponibiliza produtos opcionais, como SOS – UTI móvel, aéreo e terrestre – e Proteção no Trabalho. Presente há mais de 47 anos no mercado, a cooperativa segue investindo em inovação e qualidade assistencial, reforçando seu compromisso de cuidar da vida e da saúde dos goianos.
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